quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Um Brinde À Gripe Suína

“À gripe suína!” Ultimamente, essa é a frase que eu mais ouço depois de todos da mesa se servirem do primeiro copo de cerveja, pois como você deve saber, as volta às aulas foram adiadas em até quatorze dias em algumas escolas, o que outrora ouvi sob um termo impagável na televisão, “férias forçadas”.

Sinto muito por todas as mortes causadas pelo H1N1, eu mesmo fui vítima do vírus. Foi a pior noite que passei em toda minha vida, tive mais de 40ºC de febre, delírios, calafrios e etc. O curioso foi que, mesmo tendo asma, não senti falta de ar.

Mas minto, no meu caso a gripe A não foi confirmada. Pelo que entendi todos que vão gripados para o hospital estão com medo da nova gripe e, como o exame para detectá-la só é feito em três lugares no país inteiro e leva três dias para ficar pronto, a maioria apenas recebe aquelas malditas máscaras e alguma receita indicando ou um antiviral ou um antibiótico, caso já tenha virado uma pneumonia, que foi o meu caso.

Sei que não sou médico, também não pretendo ser e nunca pretendi, mas acho que essa epidemia e sua repercussão no mundo está sendo exagerada. Pelo que sei, pois ouvi de outros médicos, a gripe suína mata menos que as anteriores, às quais estamos tão acostumados, mas esse foi o primeiro inverno que vi pessoas usando máscaras aqui no Brasil pra evitarem contágio. Além disso, o médico que me receitou o antibiótico disse que, invariavelmente, um paciente gripado será medicado por um dos dois remédios que disse acima, de forma que não faz muita diferença se for a gripe A ou aquele velho resfriado.

Por outro lado, nunca uma doença me derrubou daquele jeito. O dia seguinte ao da febre, passei de cama. Recusava todo tipo de comida, e quem me conhece sabe que isso é bem raro. Talvez a nova gripe tenha mais facilidade do que as outras para virar uma pneumonia, o que é, realmente, um problema.

Mesmo assim, continuo com a impressão de que a atenção que a mídia está dando para esse surto é demasiada grande. As pessoas ficam muito preocupadas, ainda mais agora, no inverno, quando ficamos mais próximos uns dos outros e muita gente fica resfriada.

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