sábado, 18 de junho de 2011
Reflexo no Esgoto
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Azul - Companhias Aéreas
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
A Construção do muro de Alá
O sinal é reflexo do receio de que, com o surgimento de novos governos islâmicos radicais, novas investidas contra Israel sejam feitas. Contudo, os maiores temores são que, como aconteceu no passado, o nascimento de novos governos com forte sentimento anti-estadunidense e ataques a Israel gerem gigantescas oscilações no preço do petróleo, motor da economia capitalista. Basta lembra que, em 1973, a guerra do Yom Kipur marcou a primeira crise do petróleo. Assim como, em 1979, a revolução islâmica no Irã proporcionou o segundo choque desse combustível. Fatos esses que abalaram toda economia mundial.
Assim, as eleições egípcias marcadas para setembro poderão decidir o futuro das relações desse país com aqueles alinhados ao Ocidente e aos EUA. O Egito é uma força política e militar na região. Perder o apoio de um país que tem um acordo de paz com Israel não é do interesse de Washington. Caso o acordo seja quebrado, outros países próximos que tem repúdio aos israelenses poderiam se inflamar. Todo esse receio tem fundamento, pois a principal oposição organizada é a irmandade mulçumana.
Esses acontecimentos colocam em dúvida a credibilidade de Barack Obama, inclusive nos EUA. A questão é: se tratamos de uma deficiência política de Obama na tentativa de manter o papel americano de policial global, ou se realmente estamos diante de uma fraqueza Yankee. A única certeza neste momento é que a libertação do mundo árabe das ditaduras apoiadas pelos EUA deverá diminuir muito o poder de influência dessa nação na região mais rica em petróleo no planeta.
domingo, 13 de fevereiro de 2011
Dado de Beijo
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Onde estará a Pantera Cor de Rosa?
É fato que o preconceito contra os negros existe e é forte. É fato também que, no Brasil, esse sentimento tende a se tornar cada vez mais velado devido às vitórias históricas desse grupo, como tornar inconstitucional qualquer manifestação de racismo. Além dessa conquista, a moral cotidiana passou a reprimir o preconceituoso no dia-a-dia. Atualmente, é “feio” ter e assumir aversão aos negros. Contudo, será que demonstrações claras de preconceito contra outros grupos também são enfrentadas assim?
Se pararmos um pouco para pensar, veremos que não. Dois fatos que ilustram essa resposta foram veiculados pela mídia brasileira recentemente. O meia Richarlyson do São Paulo Futebol Clube foi hostilizado, por exemplo, durante todo o campeonato brasileiro do ano de 2010 pelo fato de ser, supostamente, homossexual. No dia 2 de fevereiro de 2011, no caderno Cotidiano da Folha de S. Paulo, ficou claro que o governo do Estado paulistano deixou de contratar quatro profissionais devido ao seu peso, fato esse considerado incompatível com a constituição brasileira pela OAB. Situações como essas, aparentemente, só serão reprimidas se esses dois grupos se mobilizarem de modo ético e político cotidianamente. Características que, com certeza, não se enquadram com as da “Parada Gay”, verdadeiro carnaval fora de época.
Agnes Heller, filósofa marxista, condenaria esse movimento, afinal se ela exige uma solução, ou indaga a um problema, isso, sem dúvida, está em segundo plano. O principal debate gerado em torno do evento é sobre as cifras que viram para a cidade de São Paulo e não sobre o preconceito em relação ao homossexual.
Mesmo que o movimento ganhe outros rumos e consiga conquistas semelhantes as dos negros, o preconceito ainda existirá. Heller pensa ser muito difícil eliminar o preconceito do cotidiano. Entretanto, acredita ser plenamente viável acabar com os seus reflexos e conseqüências. Poderíamos não ter que presenciar fatos como os dirigidos ao atleta Richarlyson, ou aos candidatos a professor no Estado de São Paulo. É importante que assumamos nossos preconceitos (assim como tento fazer com os meus) e não tenhamos vergonha deles.
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
A Segunda Impressão Sobre a Primeira Mulher Presidente
Apesar dos poucos leitores que tive em minha última postagem (e que ainda freqüentam este blog), sou obrigado a dizer que mudei de opinião sobre a nossa primeira presidenta. Dilma Rousseff tem mostrado completa independência de seu padrinho político; neste curto mês em que ocupou o maior cargo de nossa república, a presidente superou em muito minhas expectativas.
Primeiro de janeiro, depois de almoçar muito bem na casa de minha avó, sentei para assistir à TV. Sabem o que estava passando? A posse. A essa altura a cerimônia já chegava ao Palácio do Planalto, Dilma estava no Rolls Royce presidencial na companhia de sua filha, creio. Atrás vinham Temer e sua simpática mulher, essa que roubou meus olhos durante a esperada entrega da faixa.
Mas não foi por falta de pontualidade que deixei de ver outros momentos importantes desse marcante dia da história brasileira. Todos os meios de comunicação estavam recheados com notícias sobre o ocorrido, e não sei em qual desses vi o primeiro discurso feito por Dilma no ano – aquele no Congrsso Nacional – ao qual bati palmas quando nossa presidente falou: “ (...) prefiro o barulho da impensa livre ao silêncio das ditaduras”, fazendo clara menção à lei que seu antecessor quisera tanto aprovar.
Claro que não foi apenas seu discurso que me motivou a preencher estas longas linhas; quanto à política externa, Dilma apresentou outra postura que me agradou muito. Ao contrário de Lula, que sempre fez questão em demonstrar sua enorme simpatia por ditaduras como a cubana, sua sucessora condenou as violações dos direitos humanos praticadas pelos Castros no último meio século.
Além disso, a nova presidente bateu o martelo para fixar o salário mínimo e para legalizar as moradias da região serrana do Rio de Janeiro, decisões que batem de frente com movimentos trabalhistas e populares aos quais Lula preferia apadrinhar enquanto trabalhava sua imagem populista.
Sendo assim, confesso que me enganei sobre nossa primeira presidenta, e, realmente, não é nosso velho Lula que continua a dar as cartas; mas sim a primeira mulher a ocupar tal cargo em nosso país.
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
Doce Ilusão
Não é à toa que Getúlio também pode ser chamado de “Mãe dos ricos”. Além de usufruir da infra-estrutura criada pelo Estado getulista, o empresariado se acostumou a trabalhar, ou melhor, a explorar o seu empregado sem que ele pudesse se organizar e lutar por melhores condições. Afinal, mesmo tendo seus méritos, a CLT feita por Vargas é uma cópia das leis trabalhistas criadas pelo ditador italiano Mussolini, também preocupado em manipular o povo italiano, desenvolver a indústria e o seu projeto fascista. Outro fato que exibe o caráter manipulador de Getúlio e a sua preocupação com o empresariado é a sua contribuição na criação de dois partidos distintos que representam classes sociais antagônicas, o PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), representante dos trabalhadores e o PSD (Partido Social Democrático), defensor dos interesses da burguesia.
A adoração àquele que manipulou descaradamente, mas fez, eliminou toda oposição preocupada com as causas sociais em nome do progresso, mas fez, aproxima-se ao carinho paulistano ao “Rouba, mas faz” de Paulo Maluf. É claro que estamos num estado crítico, afinal, mesmo sabendo de todos esses fatos, adoramos políticos corruptos e claramente manipuladores. Contudo, é tão claro quanto o que acabou de ser dito que essas adorações são reflexos de um povo desiludido e sem ídolos. A falta de ícones populares faz com que passemos a adorar certos mitos, folclores sobre pessoas que não merecem tal reconhecimento a partir de ilusões criadas de modo proposital, como a feita sobre Getúlio Vargas.