segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A Violência na Juventude

Este texto tem a possibilidade de ser publicado no Jornal Cantareira. Jornal de Bairro que circula em parte da Zona Norte de São Paulo.


A violência na juventude é um assunto de grande relevância para a sociedade e, no entanto, não tem a atenção que merece. O vandalismo nas escolas, em especial, nas públicas, reflete a violência e suas diversas facetas. O agravante aparece quando tratamos da juventude, que será a administradora do futuro, ou quem sabe, a educadora de amanhã.

Este problema tem tamanha grandeza devido as suas conseqüências, pois se analisarmos com calma, veremos que tratamos de uma questão aparentemente simples, que envolve a nossa irracionalidade. Um ótimo exemplo para isso é a destruição das escolas pelos próprios alunos.

Se refletíssemos de maneira sensata, teríamos como resposta que, a escola, ou o espaço público de um modo geral, pertence a nós. Nós pagamos por tudo isso. Será que se essa consciência fosse de alcance geral da juventude, teríamos esse número de objetos quebrados? Como um representante dela, creio que não. Até porque, não é do costume de ninguém, quebrar seus próprios bens, já que todos nós sabemos do sacrifício que nossas famílias têm em bancar esses pertences.

Manifestação que poderia ser interpretada como uma indignação dos jovens em relação ao pouco caso que as autoridades governamentais têm em relação à educação pública do país, se esse ensino, qualitativamente, possibilitasse uma reflexão mais aguçada sobre a falta de interesse do poder estatal sobre o ensino da maioria. Contudo, o caminho para que essa postura mude, não é por meio da destruição do espaço público, ou neste caso, das escolas.

No entanto, isso não deve ser justificado somente sob a ótica econômica, pois a questão abarca a nossa irracionalidade. Por isso, penso que tratamos de questões de simples aparência, como: Por que fazem isso? Refiro-me aqui, novamente, ao vandalismo nas escolas.

O vandalismo não justifica de modo algum a situação precária na qual a educação pública no Brasil se encontra, todavia, certamente é um sintoma de que algo está errado. Há uma desordem instaurada que possibilita uma contestação em relação à falta de interesse dos governantes sobre o ensino da grande maioria do país.

Por outro lado, devemos refletir sobre algumas das nossas atitudes que são visivelmente movidas pela nossa irracionalidade. Pensar nessas ações e tentar entender porque as executamos é um bom começo para depois, demonstrar de outro modo nossa insatisfação perante o estado da educação no nosso país, sem que seja necessário quebrar nada.

2 comentários:

  1. Muito bom. só não acho que tenha que ser um argumento apelativo ao egoísmo "...Se refletíssemos de maneira sensata, teríamos como resposta que, a escola, ou o espaço público de um modo geral, pertence a nós. Nós pagamos por tudo isso..." o único à mostrar que não é racional a violência. Basta pensarmos que a violência é natural dos animais, e que os animais agem instintivamente, como a natureza lhes impõe. Nós, temos a prerrogativa de negarmos a natureza, e agirmos independente disso, seguindo o que nós chamamos de raciocínio lógico, e conduta moral.

    ResponderExcluir
  2. Olá, sou uma antiga colega de alguns membros desse blog, e com o objetivo de manter minha indêntidade em segredo me indentificarei pelo nome de "aline".
    Queria parabenizar principalmente Pedro Lima, Klauss Pannunzio, Borges e Pedro Mendonça pelo trabalho, ja que estudaram comigo no antigo CSD.

    Esse recado é destinado a Borges:
    Olá, espero que vc leia essa mensagem, pois pelo oque li nesse blog rapidamente faz tempo que ele não está sendo atualizado.
    Ao contrário de vc que anda fazendo textos informativos, eu me interessei pela piscicologia e ao ingressar na faculdade esse ano junto com um grupo de amigas resolvemos por opção fazer um trabalho sobre "Bulling" no ambiente escolar.
    Ao ler seu texto percebi uma grande diferença, ja que pela minha não tão antiga lembrança vc (até quando eu me lembro) era um praticante feroz de "Bulling". Me lembro alguns casos de vitimas as quais procurarei tambem para meu trabalho, como Lucas (conhecido como Sansão, pesso desculpas pois esqueci seu sobrenome), Gabriel Marqueli (não me recordo a grafia correta do sobrenome), Artur Bindi, e Lucas Lemos.
    Queria deixar claro, que meu objetivo não é te prejudicar ou expor, mas somente ouvir seu depoimento e fazer perguntas, e obviamente que caso vc não queira seu nome nao aparecerá no meu trabalho.
    Eu Aline com medo de ser vista como uma pessoa possível de "Bulling" por vc, peço desculpas pois desconheço seu pensamento atual, estou te enviando meu e-mail criado especialmente para esse trabalho, pois se vc demonstrar interesse te direi quem sou e te passarei mais informações, grata desde ja pela ajuda, e espero que vc entre em contato e me ajude a achar aqueles que foram suas vitimas com o objetivo de obter informações sobre o fim de cada um, e caso vc deseje expor a eles seu arrependimento (não sei se vc mantém contato com essas pessoas, mas imagino que não).
    e-mail:aline_loirinha_21@hotmail.com

    ResponderExcluir