sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A Construção do muro de Alá

Barack Obama poderá ser lembrado como o presidente americano que perdeu poder e aliados no mundo. Afinal, além das manifestações na Tunísia e no Egito terem derrubado seus respectivos governantes, antigos parceiros americanos, elas incentivaram novas revoltas que também ameaçam outros aliados da Casa Branca. Fatos como esses colocam em cheque a estabilidade política e militar da região. O sinal de alerta está aceso para Israel, para as principais forças ocidentais e em especial para a super potência em declínio.

O sinal é reflexo do receio de que, com o surgimento de novos governos islâmicos radicais, novas investidas contra Israel sejam feitas. Contudo, os maiores temores são que, como aconteceu no passado, o nascimento de novos governos com forte sentimento anti-estadunidense e ataques a Israel gerem gigantescas oscilações no preço do petróleo, motor da economia capitalista. Basta lembra que, em 1973, a guerra do Yom Kipur marcou a primeira crise do petróleo. Assim como, em 1979, a revolução islâmica no Irã proporcionou o segundo choque desse combustível. Fatos esses que abalaram toda economia mundial.

Assim, as eleições egípcias marcadas para setembro poderão decidir o futuro das relações desse país com aqueles alinhados ao Ocidente e aos EUA. O Egito é uma força política e militar na região. Perder o apoio de um país que tem um acordo de paz com Israel não é do interesse de Washington. Caso o acordo seja quebrado, outros países próximos que tem repúdio aos israelenses poderiam se inflamar. Todo esse receio tem fundamento, pois a principal oposição organizada é a irmandade mulçumana.

Esses acontecimentos colocam em dúvida a credibilidade de Barack Obama, inclusive nos EUA. A questão é: se tratamos de uma deficiência política de Obama na tentativa de manter o papel americano de policial global, ou se realmente estamos diante de uma fraqueza Yankee. A única certeza neste momento é que a libertação do mundo árabe das ditaduras apoiadas pelos EUA deverá diminuir muito o poder de influência dessa nação na região mais rica em petróleo no planeta.

Um comentário:

  1. as revoltas no egito com certeza trarao maior instabilidade no oriente medio. porém, nao podemos esquecer que antes mesmo de perder o "controle" sobre o egito os EUA já dominaram uma outra potência da regiao, o iraque. aumentando as suas reservas de petróleo e já se protegendo de possíveis crises

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